VICENTE CELESTINO - 45 ANOS
Hoje, 22 de agosto, faz quarenta e cinco anos da morte do
cantor, compositor e ator VICENTE CELESTINO (Antônio Vicente Felipe Celestino).
Carioca, começou cantando para amigos e vizinhos, e aos poucos foi se tornando
conhecido no bairro. Assistia às companhias líricas que se apresentavam no Rio
de Janeiro e tinha Enrico Caruso entre seu grande ídolo. Aos 20 anos estreou
profissionalmente no Teatro São José, solando a valsa "Flor do mal"
(S. Coelho e D. Correia), que fez estrondoso sucesso. Essa gravação, de 1916,
foi sua primeira a vender milhares de cópias, um fenômeno para a época. Cantou
na opereta "Juriti", de autoria de Chiquinha Gonzaga, e em 1920
montou sua própria companhia de operetas. Mesmo assim não abandonou o filão
carnavalesco, que lhe rendeu sucessos como "Urubu subiu", em duo com
Baiano. Foi um dos pioneiros no sistema elétrico de gravação no Brasil. Lançou,
por esse processo, sucessos como "Santa" (Freire Júnior) e
"Noite cheia de estrelas" (Índio). Na década de 30 começou a
revelar-se também como compositor. É de sua autoria a música que o tornou
conhecido através dos tempos: "O Ébrio", que foi transformado num dos
filmes de maior bilheteria do país em 1946, dirigido por sua esposa Gilda de
Abreu. Também são suas as músicas "Ouvindo-te", "Coração materno",
"Patativa" e "Porta aberta". Tendo cantado sempre no
Brasil, foi ídolo de quatro gerações e cantou, sempre em seu estilo
"vozeirão" de tenor, mesmo músicas mais modernas e de caráter
intimista, como canções de bossa nova ("Se todos fossem iguais a
você"). Em pleno tropicalismo, Caetano Veloso regravou "Coração
materno". O cantor faleceu quando seria homenageado num evento do
movimento, em São Paulo.
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Via Site Collector's.
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