ATAULFO ALVES - 104 ANOS
No dia dois de maio, registra-se o 104º aniversário de
nascimento do cantor e compositor ATAULFO ALVES (Ataulfo Alves de Sousa). Nascido em 1909, numa fazenda mineira, filho de pai violeiro, foi para o Rio de
Janeiro por acaso, onde trabalhou, entre outras coisas, como farmacêutico. No
fim dos anos 20 passou a se envolver com blocos de carnaval e artistas de
rádio. Logo em seguida teve sambas gravados por Almirante (“Sexta-feira”) e
Carmen Miranda (“Tempo perdido”), o que lhe assegurou o sucesso. Compunha
sambas-canção e marchas de carnaval para os maiores cantores do Brasil, como
Carlos Galhardo (“Quanta tristeza”, com André Filho), Silvio Caldas (“Saudade
dela”) e Orlando Silva (“Errei, erramos”). Em 1941 estreou como intérprete na
gravação de “Leva, meu samba” e “Alegria na casa de pobre” (com Abel Neto). No
ano seguinte gravou “Ai, que saudades da Amélia” (com Mário Lago), um de seus
maiores sucessos, ao lado de “Na cadência do samba”, “Laranja madura”, “Fim de
comédia” aqui cantada por Dalva de Oliveira, “Vai, mas vai mesmo” aqui cantada
por Nora Ney e “Mulata assanhada”. Em 1961 foi para a Europa, numa turnê de
divulgação da música brasileira, e em 1966 representou o Brasil no I Festival
de Arte Negra em Dacar, Senegal.
Na minha infância e começo da sdolescência nos anos 70, Ataulfo Alves era para mim um dos poucos "cantores antigos" que despertavam a minha simpatia. Suas músicas sempre tocavam nas rádios e ele participava dos programas de televisão que mostravam a parada de sucessos da semana.
ResponderExcluirLembro-me muito bem da música em que ele recordava da sua infância no pequeno Miraí, jogos de botão na calçada ... Amélia é que era a mulher de verdade... Laranja madura, na beira da estrada, tá bichada, Zé, ou tem marimbondo no pé...
Seu filho Ataulfo Júnior chegou a fazer sucesso também, participava de programas de televisão.
Flávio Henrique