segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

145 ANOS DE FRED FIGNER
Pioneiro da indústria fonográfica no Brasil


Símbolo clássico da Casa Edson
No dia 2/12 comemorou-se o 145º aniversário de nascimento do empresário FRED FIGNER, pioneiro, responsável pelo início da história da música popular brasileira gravada. A primeira gravadora de discos do Brasil, Casa Edison, de propriedade de Frederico Figner & Cia. foi fundada em 1900 pelo empresário tcheco naturalizado americano, na rua do Ouvidor no Rio de Janeiro e se dedicava a vender aparelhos sonoros (máquinas falantes), cilindros, chapas, etc. Em 1901, Figner se associou à indústria de discos alemã Zon-O-Phone, pertencente ao conglomerado Carl Lindström, para lançar e gravar discos com exclusividade. Lá foi feito o primeiro registro fonográfico do Brasil, o lundu "Isto é bom" de Xisto Bahia, gravado por Bahiano, em 1902. Em 1913 Figner instalou no bairro de Vila Isabel a primeira fábrica de discos do Brasil, a Fábrica Odeon, com 500 funcionários e uma produção de 30 mil chapas por mês. Também fundou filiais em São Paulo e Porto Alegre. O Brasil se tornou, na época, o terceiro maior mercado discográfico do mundo, posto que perdeu depois da Primeira Guerra Mundial. Em 1930, a Transoceanic obrigou Figner a vender todo o patrimônio da Casa Edison, dominando, a partir de então, o processo de gravação no Brasil, ao lado de outras multinacionais, como a Columbia e a Victor. Com 40 mil títulos lançados ao longo de 28 anos, a Casa Edison marca a etapa heróica da gravação de discos no Brasil. A empresa funcionou até os anos 50, vendendo, como já vinha fazendo desde o início, mimeógrafos e máquinas de escrever.

(Via site Collector's http://www.collectors.com.br/)

NOSSA LÍNGUA
Despotismo No Nordeste, de acordo com Cantadores, do cearense Leonardo Mota, é sinônimo de "grande quantidade; coisa de exageradas proporções. Ex: Nas Santas Missões junta gente que é um despotismo."

6 comentários:

  1. Para o verdadeiro discófilo, a emoção de manusear um disco de cera ou mesmo um LP não tem preço. Acabo de adquirir uma vitrola com cabos que permitem conexão com qualquer aparelho de som e até mesmo com o computador, com a finalidade de converter VINIS em MP3 e outros formatos. É um entretenimento maravilhoso.
    Não sabia que o CACHORRINHO havia sido usado pela CASA EDISON. Pensei que fosse exclusividade da RCA americana.

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  2. É fantástico como o ser humano comum que pouco entende de ciência é incapaz de compreender como é que os sons dos instrumentos e da voz humana possam estar gravados em sulcos de um disco de plástico que, girando ao toque de uma agulha,possam retransformar-se em sons por meio de um circuito eletrônico complicadíssimo, que não é mais do que uma abstração incompreensível para a mente humana comum. Se assím é para o disco de vinil, quem dirá compreender como centenas de músicas possam estar armazenadas em um pen-drive.
    E as pessoas usam essas maravilhas da tecnologia todos os dias sem sequer tomarem consciência da extrema dificuldade com que foram concebidas, esquecendo até a gratidão para com os gênios da ciência.

    Flávio Henrique

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  3. E pode até parecer antiquado, mas eles estão ressurgindo novamente...

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  4. As tecnologias atuais permitiram o acesso franco, mas trouxeram consigo a banalização extrema da arte musical. A música como arte obrigatoriamente compartilhada, é de longe, quanto ao sacro direto da privacidade, inferior à Literatura, em que, na maioria nas vezes não se faz necessário, alardeando, impor para os vizinhos o nosso gosto literário. Neste ponto, a melomania é execrável. Interessante é o cálculo que é divulgado de quanto o país perde por ano em impostos com a pirataria de cd's e dvd's,creio que é deixado de lado, subliminarmente, a consideração de que, pelo preço "honesto" não haveria o mesmo consumo dessas mercadorias. O que faz o "descamisado", e não só ele, procurar a baía dos piratas não é o prazer de transgredir a lei, e sim o fato de que seu poder aquisitivo só comporta esse tipo de oferta. Num sonho em que não houvesse à venda nenhuma cópia dessas mídias produzidas no fundo do quintal, o preço das industrializadas seria impraticável para o público considerado, logo a demanda estabelecida para a perda da arrecadação fiscal seria bem inferior. É um ovo que não está no interior da galinha! E não dizemos isto para apologia da sonegação fiscal, mas é que um fato óbvio, geralmente nunca considerado.

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  5. About the rca's dog:

    http://musicastoria.blogspot.com/2010/02/1901-o-simbolo-da-rca-victor-um.html

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  6. Na verdade, o cachorro com o gramofone era uma marca exclusiva da RCA. O artigo acima foi transcrito do site COLLECTOR'S.

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