terça-feira, 18 de outubro de 2011

MEMÓRIA


CHIQUINHA GONZAGA – 164 ANOS


Este ano transcorre os 164 anos de nascimento da compositora Chiquinha Gonzaga. Talento genial, enfrentou as dificuldades típicas de sua época para, na condição de mulher, firmar-se como compositora, regente e instrumentista brasileira. Foi uma das mais fecundas compositoras do Brasil, tendo criado em quase todos os gêneros. Nasceu no Rio de Janeiro a 17 de outubro de 1847 e ali morreu a 28 de fevereiro de 1935.

FRANCISCA EWIGES NEVES era seu verdadeiro nome, filha de José Basileu Gonzaga, general do Exército Imperial Brasileiro e de Rosa Maria Neves de Lima, uma negra muito humilde. Chiquinha Gonzaga foi educada numa família de pretensões aristocráticas (seu padrinho era Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias). Aos 11 anos de idade já escrevia sua primeira composição, Canção dos pastores. Após dois casamentos malogrados, tornou-se professora de piano e conseguiu participar de conjuntos orquestrais que animavam as festas da época. Em 1877, lançou sua primeira composição de sucesso, a polca Atraente. Musicou um libreto de Artur Azevedo, Viagem ao Parnaso, recusado pelos diretores teatrais pelo fato de ter sido composto por uma mulher. Lutando contra os preconceitos, conseguiu finalmente em 1885 musicar uma opereta de costumes, A corte na roça, na qual ficaria famoso o cateretê Menina faceira. A relação de suas obras é vasta, incluindo 87 partituras de peças teatrais e cerca de duas mil composições. Participou da campanha abolicionista, dedicando a renda da venda de suas músicas a associações em prol da abolição da escravatura; também lutou pela implantação da República. Em 1899, procurada por uma comissão do cordão Rosa de Ouro, escreveu Ó abre alas. Musicou vários libretos para peças portuguesas. Em 1911 compôs a modinha Lua branca, conquistando novos triunfos em 1915, com Sertaneja, peça de Viriato Correia por ela musicada. Seu último trabalho teatral (música para Maria, também peça de Viriato Correia) data de 1933.

No vídeo abaixo, Maria Bethania canta "Lua Branca", uma das mais inspiradas composições de Chiquinha Gonzaga:



NOSSA LÍNGUA

CANGONCHA No CE é santo de madeira malfeito, mal acabado.

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