domingo, 16 de outubro de 2011

MEMÓRIA

RELEMBRANDO ANTONIO MARIA

Ontem, 15/10, fez 47 anos da morte do compositor e jornalista ANTÔNIO MARIA. Nasceu em Recife, no dia 17/3/1921 em uma família de posses. Teve aulas de piano e francês na infância, como era comum às crianças da classe alta. Na adolescência, porém, uma crise econômica afetou a indústria usineira e levou a família à bancarrota. Arranjou o primeiro emprego aos 17 anos, como apresentador de programas musicais na Rádio Clube Pernambuco. Por essa época já frequentava a boêmia de Recife. Em 1940 resolveu ir para o Rio de Janeiro, de navio. Na então capital federal foi morar com o jornalista Fernando Lobo, antigo amigo de farras pernambucanas, e com Abelardo Barbosa, que mais tarde se tornaria Chacrinha. A primeira estadia carioca não foi bem-sucedida. Apesar de ter conseguido trabalho como radialista, a vida era difícil e em 1944 voltou para Recife, e por lá se casou. Trabalhou em emissoras de rádio em Fortaleza e na Bahia, onde fez amizade com Dorival Caymmi e Jorge Amado. A segunda e definitiva tentativa de viver no Rio de Janeiro foi em 1947, desta vez com a mulher e os dois filhos. Foi diretor artístico da Rádio Tupi e da TV Tupi, participando ativamente do primeiro programa de televisão transmitido no Brasil, em 1951. Sua atuação como jornalista - e principalmente cronista - é destacada. Escreveu crônicas diárias durante mais de 15 anos, nas colunas "A noite é grande", "O jornal de Antônio Maria", "Mesa de pista" e "Romance policial de Copacabana". Como compositor, começou criando jingles, e em 1951 seu samba "Querer bem" (com Fernando Lobo) foi gravado por Aracy de Almeida. No ano seguinte, depois de sua transferência da Tupi para a Mayrink Veiga (quando passou a ganhar o maior salário do rádio na época), atuou como locutor esportivo, além de apresentador de programas de grande audiência. Nesse mesmo ano (1952) a então estreante cantora Nora Ney realizou as gravações de "Menino grande" e "Ninguém me ama", esta última o maior sucesso de Antônio Maria, e um verdadeiro clássico da dor-de-cotovelo. Figura boêmia, freqüentador assíduo de noitadas intermináveis em boates, compôs grandes sucessos com diferentes parceiros, como "Valsa de uma Cidade", com Ismael Neto, de Os Cariocas, "Manhã de Carnaval", com Luiz Bonfá, "Suas mãos", com Pernambuco e "Quando tu passas por mim", com Vinicius de Moraes. Era cardiopata e se autodefinia como "cardisplicente: homem que desdenha o próprio coração". Morreu fulminado por um infarto em 1964.


NOSSA LÍNGUA

PRESEPEIRO Além da acepção nacional de fanfarrão e escandaloso, em PE e na PB também serve para designar as pessoas que não cumprem compromisso, que chegam atrasadas, que são farrapeiras, furonas. 

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