SER MÃE
(Coelho Neto)*
Ser mãe é desdobrar fibra por fibra
o coração! Ser mãe é ter no alheio
lábio que suga, o pedestal do seio,
onde a vida, onde o amor, cantando, vibra.
Ser mãe é ser um anjo que se libra
sobre um berço dormindo! É ser anseio,
é ser temeridade, é ser receio,
é ser força que os males equilibra!
Todo o bem que a mãe goza é bem do filho,
espelho em que se mira afortunada,
Luz que lhe põe nos olhos novo brilho!
Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso!
o coração! Ser mãe é ter no alheio
lábio que suga, o pedestal do seio,
onde a vida, onde o amor, cantando, vibra.
Ser mãe é ser um anjo que se libra
sobre um berço dormindo! É ser anseio,
é ser temeridade, é ser receio,
é ser força que os males equilibra!
Todo o bem que a mãe goza é bem do filho,
espelho em que se mira afortunada,
Luz que lhe põe nos olhos novo brilho!
Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso!
♦♦♦
FIDELIDADE
(Silvio R. Santos)**
Até onde a inquietude me detendo
ou me impelindo possa me levar,
eu quero ouvir-te os passos, devagar,
leves, minha presença requerendo.
Na tua vida isenta de almejar,
dias tão similares percorrendo,
se teus cabelos outonais vou vendo,
bem mais dói-me esta angústia a me calar.
Somente tua espera ainda me aguarda,
continuamente, em hora indefinida;
sei como sofres se teu filho tarda...
E embora sempre o vejas ir partindo,
ao lado dele vais, despercebida,
muitos dos seus pesares dirimindo.
ou me impelindo possa me levar,
eu quero ouvir-te os passos, devagar,
leves, minha presença requerendo.
Na tua vida isenta de almejar,
dias tão similares percorrendo,
se teus cabelos outonais vou vendo,
bem mais dói-me esta angústia a me calar.
Somente tua espera ainda me aguarda,
continuamente, em hora indefinida;
sei como sofres se teu filho tarda...
E embora sempre o vejas ir partindo,
ao lado dele vais, despercebida,
muitos dos seus pesares dirimindo.
*Coelho Neto, escritor maranhense (1864-1934).
** Silvio R. Santos, poeta canindeense da atualidade.
So uma mae como a dona Maria, poderia gerar um filho com tamanha sensibilidade. Um dia eu tambem vou ser a fonte de suas inspiraçoes...
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