segunda-feira, 23 de março de 2020

CORONAVÍRUS TORNOU-SE A PIOR CELEBRIDADE!


















Autor: Pedro Paulo Paulino

O nome mais conhecido
Neste mundo, atualmente,
Não é papa nem artista,
Não é rei nem presidente.
É um bichinho invisível
Que com seu poder incrível
Vem matando muita gente!

Embarca pra todo canto,
Sem nunca pagar passagem.
Em tudo quanto é veículo,
Ele faz sua viagem,
Sem precisar passaporte,
Com a companheira morte
Na sua cruel bagagem.

Surgiu no mês de dezembro,
Lá pelos confins da China.
Seja qualquer território
Onde ele passa domina.
Não teme calor nem frio
E tornou-se um desafio
Pra moderna medicina.

Descobrir uma vacina
Contra o bicho, eis o problema
De difícil solução
Nessa conjuntura extrema!
Com a fúria de um demônio,
Não se viu tal pandemônio
Nem nas telas do cinema.

Qual Besta do Apocalipse
Velozmente galopando,
Por todos os continentes
Ligeiro foi se espalhando.
Contamina até no vento,
Por isso a cada momento
Vai-se o mal multiplicando...

Coronavírus não tira
Um momento de descanso.
Nada no mundo detém
Seu assustador avanço.
E no ponto a que chegou,
A pandemia fechou
O mundo para balanço.

Já invadiu toda a Itália
Da famosa Mona Lisa,
Foi à Praça de São Pedro
Subiu a Torre de Pisa.
Até o Papa Francisco
Está no grupo de risco,
Pois o vírus não alisa.

Detesta a terceira idade,
Com quem é mais violento.
Tornou-se um grande flagelo
Num mundo já virulento,
Com os seus terríveis danos
Provocando entre os humanos
Muito mais isolamento.

Opera feito um danado,
Não sabe o que é preguiça.
Como embaixador do mal,
Seu tempo não desperdiça.
Por causa dele, nem mais
Tem o abraço da paz
Na hora da santa missa!

Com seu poder diabólico
O Atlântico atravessou,
Até com a comitiva
Do Planalto viajou,
E em dada ocasião,
De mala e cuia na mão
No Brasil desembarcou.

No país que um arrogante
No poder fala mais alto,
Coronavírus chegou
E foi logo dando um salto.
Só faltou salva de tiros
Para receber o vírus
No Palácio do Planalto.

Pois o presidente então,
Com toda a sua arrogância,
Fez foi manifestação
Na mais grave circunstância,
Como um louco que, afinal,
Não dá ao terrível mal
Sua devida importância!

Se lá nos países ricos
Causa tanto prejuízo,
Imagine em um país
Onde um biltre sem juízo
Governa arbitrariamente;
O corona, certamente,
Encontrou seu paraíso.

De que valem das nações
Seus poderes militares,
E dos Estados Unidos
As ogivas nucleares,
Se o mundo fica refém
De um vírus que apenas tem
As funções rudimentares?...

O corona não distingue
Primeiro e terceiro mundo.
Igualou a humanidade
Num desespero profundo,
Velozmente se espalhando,
Multidões contaminando
A cada simples segundo.

Colabore na campanha
Que por ora se promove.
O vírus se espalha mais,
Se o povo se locomove.
Fique em casa enquanto passa
A temível ameaça
Da covid-19.

E que sirva de lição
Para toda a humanidade,
Escrava do capital,
Longe da fraternidade.
Basta um vírus, simplesmente,
Pra desbancar de repente
A nossa pobre vaidade!...

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