O professor e doutor em linguística, Maurício
Moreira Cardoso, envia para o blog sua colaboração em versos, sobre um
soneto publicado há alguns dias:
SONHO DE POETA
Maurício
Moreira Cardoso
Ó, Pedro Paulo, Poeta, Paulino!
Sonhar é nunca se ver sonhador,
É do sonho nunca se saber autor
Nem nunca suspeitar estar dormindo.
O sonho da aranha é a teia
Invisível ao olho mais discreto,
Mas quando aquele sonho se entremeia
Começa o pesadelo do inseto.
Assim, não pense nunca que acordou,
Só porque os seus sonhos coloridos,
Agora ausentes ou desvanecidos,
Perderam-se na fé que abandonou.
Então, de sonho em sonho é que vivemos;
Feito aranhas, novas redes tecemos
Na ilusão de estarmos acordados
Após nossos desejos saciados.
Perdoe em seus sonhos me envolver.
Nosso pesadelo é desconhecer
Que em meio ao sono, sonhar, e sonhar
É a forma mais tranquila de acordar.
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