segunda-feira, 1 de junho de 2015

POEMA


CÉU NOTURNO

Pedro Paulo Paulino

A tarde agora cai. Empalidece.
Surge outro céu de súbito. Anoitece.
Do Sol que morre, os raios são acenos
De adeus. Os astros rútilos, pequenos,
Por sua vez começam a brilhar.
É também uma noite de luar.
Noite de baile no vasto Firmamento.
A Estrela Vésper fulge. Em seu assento,
A tudo assiste Júpiter, calado.
Mercúrio, nesse instante, mais ao lado
Passa discreto em sua pequenez.
É Órion a constelação da vez,
Enquanto Escorpião, na madrugada
Desponta enorme e belo na calada
Da noite linda que no céu revela
Canopus, Vega, Fomalhaut, Capella;
De Aldebarã, seu cálido esplendor
Concorrendo em lampejo com Castor
Ou Sírius (das estrelas, a rainha).
Ao mesmo tempo, pelo céu caminha
Tranquilamente a Lua quase cheia,
Qual formidável, lépida candeia
Guiando os outros astros no infinito.
A visão que se tem é quase um mito,
Meu pensamento pelo céu viaja...
A Via-Láctea estende-se qual naja
Carregando as estrelas no seu dorso.
Constelações navegam como um corso.
É meu desejo para sempre tê-las,
Sendo eu também viajante entre as estrelas...

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