sábado, 27 de setembro de 2014

CHICO ALVES
62 ANOS SEM O ‘REI DA VOZ’



No dia 27 de setembro, completa 62 anos da morte do cantor, violonista e compositor FRANCISCO ALVES, falecido em 1952. Um dos maiores fenômenos da história da música popular brasileira, Francisco de Moraes Alves nasceu no dia 19 de agosto de 1898 e foi peça-chave no mercado fonográfico nacional.
Surgiu em uma época em que as técnicas de gravação se aprimoravam no Brasil, os discos se popularizavam, o rádio se desenvolvia e o samba se consagrava como estilo musical. Com estimados cinco milhões de discos vendidos, sua carreira é toda superlativa. Estreou em 1929 no rádio, em programa da Rádio Sociedade, usando pela primeira vez o veículo de comunicação que faria a sua fama e glória. Ficou eternamente conhecido como o Rei da Voz (apelido dado pelo radialista César Ladeira), representante ilustre da era de ouro do rádio. Muitos foram os sucessos na voz de Francisco Alves. Alguns dos mais emblemáticos são a valsa “Boa noite, amor” (José Maria de Abreu e Francisco Matoso), “É bom parar” (Rubens Soares), “Foi ela” (Ary Barroso), “A mulher que ficou na taça” (com Orestes Barbosa), “Serra da Boa Esperança” (Lamartine Babo), “Se você jurar” (Ismael Silva), “Fita amarela” (Noel Rosa), “Aquarela do Brasil” (Ary Barroso), “Onde o céu azul é mais azul” (Alcyr Pires Vermelho, João de Barro e Alberto Ribeiro), e ainda “A voz do violão” (com Horácio Campos), “Malandrinha” (Freire Júnior), “Caminhemos” (Herivelto Martins) e “Cadeira Vazia” (Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves). Sua carreira não teve declínio e quando morreu ainda estava no auge. Francisco Alves morreu carbonizado em uma colisão entre seu automóvel Buick e um caminhão que imprudentemente entrou na contramão, na Via Dutra, em Pindamonhangaba, limite com Taubaté, estado de São Paulo, quando o cantor voltava ao Rio de Janeiro. Sua morte causou comoção popular em todo o país, e seu enterro, no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro, foi acompanhado por milhares de pessoas. Sua tumba atrai até hoje diversos visitantes e fãs. O epitáfio do Rei da Voz foi escrito pelo jornalista David Nasser: "Tu, só tu, madeira fria, sentirás toda agonia do silêncio do cantor".


Acidente na Dutra
Enterro de Francisco Alves

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