quarta-feira, 5 de março de 2014




Mangueira velha, que frutificou
Por décadas e décadas a fio,
Hoje morta se encontra em pleno rio
Que generosamente a sustentou.

Foi a mais nobre planta do baixio,
Enquanto o verde alegre conservou;
E agora o caule seco que ficou,
Como um fantasma eleva-se sombrio.

Os passarinhos já não fazem conta.
Quem passa em volta, já não mais aponta
Como apontava outrora p’ra Mangueira...

Somente as plantas vivas perto dela
Assomam juntas numa sentinela
E solidárias com a companheira.


Nenhum comentário:

Postar um comentário