ANTÔNIO MARIA – 49 ANOS
No dia
15 de outubro de 2013 completa 49 anos da morte do compositor e jornalista
ANTÔNIO MARIA (Antônio Maria Araújo de Morais), falecido em 1964. Nasceu numa
família de posses. Teve aulas de piano e francês na infância, como era comum às
crianças da classe alta. Na adolescência, porém, uma crise econômica afetou a
indústria usineira e levou a família à bancarrota. Arranjou o primeiro emprego
aos 17 anos, como apresentador de programas musicais na Rádio Clube Pernambuco.
Por essa época já frequentava a boêmia de Recife. Em 1940 resolveu ir para o
Rio de Janeiro, de navio. Na então capital federal foi morar com o jornalista
Fernando Lobo, antigo amigo de farras pernambucanas, e com Abelardo Barbosa,
que mais tarde se tornaria Chacrinha. A primeira estadia carioca não foi bem-sucedida.
Apesar de ter conseguido trabalho como radialista, a vida era difícil e em 1944
voltou para Recife, e por lá se casou. Trabalhou em emissoras de rádio em
Fortaleza e na Bahia, onde fez amizade com Dorival Caymmi e Jorge Amado. A
segunda e definitiva tentativa de viver no Rio de Janeiro foi em 1947, desta
vez com a mulher e os dois filhos. Foi diretor artístico da Rádio Tupi e da TV
Tupi, participando ativamente do primeiro programa de televisão transmitido no
Brasil, em 1951. Sua atuação como jornalista - e principalmente cronista - é
destacada. Escreveu crônicas diárias durante mais de 15 anos, nas colunas
"A noite é grande", "O jornal de Antônio Maria", "Mesa
de pista" e "Romance policial de Copacabana". Como compositor,
começou criando jingles, e em 1951 seu samba "Querer bem" (com
Fernando Lobo) foi gravado por Aracy de Almeida. No ano seguinte, depois de sua
transferência da Tupi para a Mayrink Veiga (quando passou a ganhar o maior
salário do rádio na época), atuou como locutor esportivo, além de apresentador
de programas de grande audiência. Nesse mesmo ano (1952) a então estreante
cantora Nora Ney realizou as gravações de "Menino grande" e
"Ninguém me ama", esta última o maior sucesso de Antônio Maria, e um
verdadeiro clássico da dor-de-cotovelo. Figura boêmia, frequentador assíduo de
noitadas intermináveis em boates, compôs grandes sucessos com diferentes
parceiros, como "Valsa de uma cidade", com Ismael Neto, aqui na voz
de Lúcio Alves, "Manhã de Carnaval", com Luiz Bonfá, aqui na voz de
Peri Ribeiro, "Suas mãos", com Pernambuco, aqui na voz de Maysa
Matarazzo e "Quando tu passas por mim", com Vinicius de Moraes. Era
cardiopata e se autodefinia como "cardisplicente: homem que desdenha o
próprio coração". Morreu fulminado por um infarto em 1964.
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Via site Collector's.
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