EMILINHA BORBA – 90 ANOS
EMILINHA
BORBA (Emília Savana da Silva Borba) nasceu no dia 31 de agosto de 1923, no
bairro carioca da Mangueira, o que desde cedo selou sua ligação àquela escola
de samba. Ainda criança começou a se apresentar em programas de auditório e de
calouros no rádio. Sua fama foi se consolidando aos poucos e logo formou a
dupla As Moreninhas, ao lado de Bidu Reis, que durou pouco mais de um ano. Em
1939 gravou seu primeiro disco solo pela Columbia e conseguiu, com a ajuda de
Carmen Miranda, ser contratada pelo Cassino da Urca como crooner. Assinou mais
tarde com a Rádio Nacional, e lá ficou por 27 anos, tornando-se uma das mais
conhecidas estrelas do rádio. Participou também de vários filmes. De 1968 a
1972 Emilinha esteve afastada dos microfones por um problema nas cordas vocais
que a obrigou a fazer três cirurgias e longo estudo para reeducar a voz e poder
voltar a cantar. Ganhou muitos títulos e prêmios nos anos 50, e seu fã-clube
exaltado tem uma rixa eterna com o da cantora Marlene. As duas cantoras
disputaram várias vezes o posto de Rainha do Rádio, mas mesmo assim gravaram
juntas diversas faixas. Entre os grandes sucessos de Emilinha estão "Baião
de dois" (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira) com Os Boêmios, lançado por
volta de março/abril de 1950, "Cachito" (Consuelo Velasquez, versão
de A. Bougert), lançado em 1958, "Chiquita bacana" (João de Barro e
Alberto Ribeiro) lançado em janeiro de 1949, "Dez anos" (versão de
Lourival Faisal para a música de Rafael Hernandez) lançado em maio de 1951,
"Escandalosa" (Djalma Esteves e Moacir Silva) lançado em junho de 1947,
"Paraíba" (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira) com Os Boêmios, lançado
por volta de março/abril de 1950, "Primavera no Rio" (João de Barro)
lançado por volta de setembro/outubro de 1958 e "Se queres saber"
(Peterpan) lançado por volta de agosto/outubro de 1947. Todas fazem parte de
sua obra completa em discos 78 rpm levantada, restaurada e digitalizada pelo
Collector's Studios. Emilinha faleceu aos 82 anos de infarto, em seu
apartamento em Copacabana.
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41 ANOS SEM DALVA DE OLIVEIRA
Vicentina
de Paula Oliveira (DALVA DE OLIVEIRA) morreu em 31 de agosto de 1972. O pai era
saxofonista e clarinetista amador em Rio Claro (SP), e a menina acompanhava o
conjunto do pai em serenatas e bailes. Com a morte do pai quando ela tinha
apenas oito anos, foi para um orfanato e um pouco depois juntou-se à mãe em São
Paulo, onde trabalhou como babá e arrumadeira de hotel e cozinheira. Arranjou
um emprego de faxineira numa escola de dança, e lá costumava cantar e improvisar
ao piano depois das aulas. Um professor a ouviu cantando e conseguiu que ela
integrasse um grupo musical, com o qual viajou por algumas cidades do interior.
O grupo acabou e, sem dinheiro, fez um teste para a Rádio Mineira, em Belo
Horizonte. Foi aprovada e adotou o nome artístico que a consagraria. Mudou-se
em seguida para o Rio de Janeiro e acabou arranjando uma vaga na Rádio Ipanema,
depois outras emissoras até parar na Philips. Na década de 30 formou o Trio de
Ouro com Nilo Chagas e Herivelto Martins, com quem acabou casando. O grupo
emplacou clássicos como "Praça Onze" (Herivelto e Grande Otelo) e
"Ave-Maria no morro" (Herivelto). Trabalhou nas principais rádios da
então capital do país e cantou no famoso Cassino da Urca. Em fins de 49,
separou-se de Herivelto e em 1950, lançou três grandes sucessos: "Errei
sim" (Ataulfo Alves), "Que será?" (Marino Pinto e Mário Rossi) e
"Tudo acabado" (J. Piedade e Oswaldo de Oliveira Martins). Fez
sucesso ainda com "Segredo" (Herivelto e Marino Pinto), "Olhos
verdes" (Vicente Paiva), "Ave Maria" (Vicente Paiva e Jayme
Redondo), "A Bahia te espera" (Herivelto Martins e Chianca de Garcia)
e outras músicas. Em 1951 foi eleita Rainha do Rádio e excursionou pela
Argentina e Europa. Outro grande sucesso foi a gravação do baião
"Kalu" (Humberto Teixeira), acompanhada pela orquestra do maestro
Roberto Inglez. Morou por um tempo em Buenos Aires, depois voltou ao Brasil nos
anos 60 e continuou em atividade gravando sucessos como as marchas-rancho
"Rancho da Praça Onze" (João Roberto Kelly e Chico Anysio),
"Máscara negra" (Zé Keti e Pereira Matos) e "Bandeira
branca" (Max Nunes e L. Alves), do Carnaval de 1970, seu derradeiro e
imortal sucesso. Até o fim da vida se apresentou em casas noturnas e programas
de televisão.
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Fonte: Site COLLECTOR'S http://www.collectors.com.br/
Bravo ao autor do blog por trazer à lembrança essas cantoras exemplares que nos lembram amores lontanos.
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