sábado, 31 de agosto de 2013

EFEMÉRIDES

EMILINHA BORBA – 90 ANOS


EMILINHA BORBA (Emília Savana da Silva Borba) nasceu no dia 31 de agosto de 1923, no bairro carioca da Mangueira, o que desde cedo selou sua ligação àquela escola de samba. Ainda criança começou a se apresentar em programas de auditório e de calouros no rádio. Sua fama foi se consolidando aos poucos e logo formou a dupla As Moreninhas, ao lado de Bidu Reis, que durou pouco mais de um ano. Em 1939 gravou seu primeiro disco solo pela Columbia e conseguiu, com a ajuda de Carmen Miranda, ser contratada pelo Cassino da Urca como crooner. Assinou mais tarde com a Rádio Nacional, e lá ficou por 27 anos, tornando-se uma das mais conhecidas estrelas do rádio. Participou também de vários filmes. De 1968 a 1972 Emilinha esteve afastada dos microfones por um problema nas cordas vocais que a obrigou a fazer três cirurgias e longo estudo para reeducar a voz e poder voltar a cantar. Ganhou muitos títulos e prêmios nos anos 50, e seu fã-clube exaltado tem uma rixa eterna com o da cantora Marlene. As duas cantoras disputaram várias vezes o posto de Rainha do Rádio, mas mesmo assim gravaram juntas diversas faixas. Entre os grandes sucessos de Emilinha estão "Baião de dois" (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira) com Os Boêmios, lançado por volta de março/abril de 1950, "Cachito" (Consuelo Velasquez, versão de A. Bougert), lançado em 1958, "Chiquita bacana" (João de Barro e Alberto Ribeiro) lançado em janeiro de 1949, "Dez anos" (versão de Lourival Faisal para a música de Rafael Hernandez) lançado em maio de 1951, "Escandalosa" (Djalma Esteves e Moacir Silva) lançado em junho de 1947, "Paraíba" (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira) com Os Boêmios, lançado por volta de março/abril de 1950, "Primavera no Rio" (João de Barro) lançado por volta de setembro/outubro de 1958 e "Se queres saber" (Peterpan) lançado por volta de agosto/outubro de 1947. Todas fazem parte de sua obra completa em discos 78 rpm levantada, restaurada e digitalizada pelo Collector's Studios. Emilinha faleceu aos 82 anos de infarto, em seu apartamento em Copacabana.

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41 ANOS SEM DALVA DE OLIVEIRA




Vicentina de Paula Oliveira (DALVA DE OLIVEIRA) morreu em 31 de agosto de 1972. O pai era saxofonista e clarinetista amador em Rio Claro (SP), e a menina acompanhava o conjunto do pai em serenatas e bailes. Com a morte do pai quando ela tinha apenas oito anos, foi para um orfanato e um pouco depois juntou-se à mãe em São Paulo, onde trabalhou como babá e arrumadeira de hotel e cozinheira. Arranjou um emprego de faxineira numa escola de dança, e lá costumava cantar e improvisar ao piano depois das aulas. Um professor a ouviu cantando e conseguiu que ela integrasse um grupo musical, com o qual viajou por algumas cidades do interior. O grupo acabou e, sem dinheiro, fez um teste para a Rádio Mineira, em Belo Horizonte. Foi aprovada e adotou o nome artístico que a consagraria. Mudou-se em seguida para o Rio de Janeiro e acabou arranjando uma vaga na Rádio Ipanema, depois outras emissoras até parar na Philips. Na década de 30 formou o Trio de Ouro com Nilo Chagas e Herivelto Martins, com quem acabou casando. O grupo emplacou clássicos como "Praça Onze" (Herivelto e Grande Otelo) e "Ave-Maria no morro" (Herivelto). Trabalhou nas principais rádios da então capital do país e cantou no famoso Cassino da Urca. Em fins de 49, separou-se de Herivelto e em 1950, lançou três grandes sucessos: "Errei sim" (Ataulfo Alves), "Que será?" (Marino Pinto e Mário Rossi) e "Tudo acabado" (J. Piedade e Oswaldo de Oliveira Martins). Fez sucesso ainda com "Segredo" (Herivelto e Marino Pinto), "Olhos verdes" (Vicente Paiva), "Ave Maria" (Vicente Paiva e Jayme Redondo), "A Bahia te espera" (Herivelto Martins e Chianca de Garcia) e outras músicas. Em 1951 foi eleita Rainha do Rádio e excursionou pela Argentina e Europa. Outro grande sucesso foi a gravação do baião "Kalu" (Humberto Teixeira), acompanhada pela orquestra do maestro Roberto Inglez. Morou por um tempo em Buenos Aires, depois voltou ao Brasil nos anos 60 e continuou em atividade gravando sucessos como as marchas-rancho "Rancho da Praça Onze" (João Roberto Kelly e Chico Anysio), "Máscara negra" (Zé Keti e Pereira Matos) e "Bandeira branca" (Max Nunes e L. Alves), do Carnaval de 1970, seu derradeiro e imortal sucesso. Até o fim da vida se apresentou em casas noturnas e programas de televisão.

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Fonte: Site COLLECTOR'S http://www.collectors.com.br/

Um comentário:

  1. Bravo ao autor do blog por trazer à lembrança essas cantoras exemplares que nos lembram amores lontanos.

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