INCÊNDIO DESTROI A PRAÇA
PRINCIPAL DE CANINDÉ
Pedro Paulo Paulino
A maldição de
Bin Laden
Ou de Nero
imperador
Caiu sobre
Canindé
Numa noite de
terror,
E desta vez o
sinistro
Achou de fazer
registro
Nas barbas do
Protetor.
Bem pertinho da
Basílica
De São
Francisco, se deu
Um fato que
nesta terra
Antes nunca
aconteceu.
Na grande
fatalidade,
Muita gente na
cidade,
A 18 de
novembro,
Um domingo
corriqueiro
Do ano 2012,
Nesta terra de
romeiro,
Quando a noite
começava
Em plena praça
se dava
Um desastre
traiçoeiro.
Na Praça Tomaz
Barbosa
No centro
comercial,
Onde dezenas de
vendas
Ocupavam o
local,
Aconteceu de
repente,
Por crime ou por
acidente,
Incêndio
descomunal.
Até que se
explique o caso,
Ninguém sabe,
ninguém viu
De qual recanto
da praça
O fogo imenso
surgiu,
O certo é que a
labareda
Como serpente em
vereda
Ferozmente
progrediu.
Logo as chamas
se espalharam
Pelos becos
numerosos,
Tomando conta
das vendas
Dos camelôs desditosos
Donos de pontos
repletos
De pequenos
objetos,
Produtos
religiosos.
Ligeiro, o fogo
engolia
Todo aquele
logradouro.
Pequenos
comerciantes
Trabalhavam
feito mouro,
Na tentativa sem
par
De nesse inferno
salvar
O seu pequeno
tesouro.
A população, em
peso,
Com essa
fatalidade
Acorreu para o
local,
Mostrou
solidariedade.
Porém, ninguém
aplacava
O fogo que
incendiava
O coração da
cidade.
Era um cenário
dantesco,
Lembrando a
literatura:
Por onde o fogo
passava
Só restava a
cinza pura.
Daquelas pequenas
tendas,
Não ficava,
dessas vendas,
Nem a sombra da
estrutura.
E foi assim
destruindo,
De cada
comerciante,
Sua barraca, seu
box,
Devorando num
instante
O produto de uma
vida...
Repito: a cena
era tida
Como um Inferno
de Dante.
A notícia se
espalhou
Ligeiro igual
uma chama.
As emissoras de
rádio
Suspendiam seu
programa
Pra dizer que
nesse dia
Nosso Canindé
vivia
O mais pavoroso
drama.
O cenário
parecia
Canudos do
Conselheiro,
O velho arraial
da guerra
No momento
derradeiro,
Pois o fogo e a
fumaça
Transformavam
nossa praça
Num terrível
pardieiro.
Carros-pipa,
baldes dágua
Já chegavam no
local.
O fato mobilizou
Quase todo o
pessoal.
De Canindé,
nesse dia
O cenário
parecia
Duma guerra
mundial.
Qual uma
explosão atômica,
O desastre
transformou
O Centro de
Canindé
Que preto e
branco ficou.
A Praça Tomaz
Barbosa
Tornou-se praça
escabrosa
Por onde o fogo
passou.
Enquanto isso,
pessoas
Humildes e
populares
Choravam perdas
sem volta
Ali por todos
lugares,
A sangue frio
assistindo
O incêndio
consumindo
O sustento dos
seus lares.
Camelôs, pais de
família,
Da luta do dia a
dia,
Vendo
transformar-se em cinza
Toda a sua
economia,
No meio do
acidente
Não podiam,
evidente,
Esconder sua
agonia.
No dia seguinte,
a cena
Era de
desolação:
A fumaça, o pó,
a cinza
Davam quase a
sensação,
Depois desse
acontecido,
Que Canindé
tinha sido
Vítima duma
explosão.
Hiroxima ou
Nagasáqui,
Lembrava o
triste cenário.
O prejuízo
estampado
Em cada rosto
era vário.
Se foi ato
desumano,
Quem terá sido o
tirano
Criminoso
incendiário?
Porém, tudo leva
a crer
Que foi mesmo
acidental.
O fato
repercutiu
Na TV, rádio e
jornal.
A internet
espalhou
O fato que se
tornou
O mais sinistro
e brutal.
A cidade, que já
vive
Cheia de lixo e
sujeira,
Sem prefeito,
abandonada,
Sem encontrar
quem a queira
Governar de
forma séria,
Parece que da
miséria
Já se tornou a
fronteira.
Ao longo de sua
história
Canindé nunca
viveu
Momento tão
infeliz
Como agora
aconteceu!
Será sina do
prefeito
Atual, que não
tem jeito
Desde quando se
elegeu?
Esse sujeito
atraiu
Todo tipo de
desgraça.
No seu governo
maldito
Só faltava mesmo
a praça
Principal desta
cidade
Transformar-se
de verdade
Em cinza, pó e
fumaça.
No ano 2009
Quando assumiu o
poder,
Como mau
imperador,
Sem cumprir com
seu dever,
Deixou a cidade
à toa...
E agora, Cláudio
Pessoa
O que falta
acontecer?!
No seu governo,
arrombou
O açude da
Esperança.
Sem escola, em
Canindé
Sobra menino e
criança.
Agora, finda com
fogo
Um governo
demagogo,
Sem moral, sem
confiança.
Que castigo,
Canindé
Dessa forma
então merece,
Cidade santa do
santo
Que todo mundo
conhece?
Não é só fogo na
praça,
Toda sorte de
desgraça
Nesta cidade
acontece.
Que São
Francisco das Chagas
Proteja seu
Canindé.
Não faz sentido
uma terra,
Conhecida pela
fé,
Viver de
calamidade,
Sem encontrar de
verdade
Quem a coloque
de pé.
Tem mosca,
sujeira e lixo
Espalhado em
todo canto.
Meu Canindé tão
querido,
Sofrer, não
merece tanto...
Tem lixo por
todo lado,
Já tem lixo
acumulado
Lá nos próprios
pés do santo.
O fogo que
devastou
O coração da
cidade
Tem a causa na
total
Irresponsabilidade,
Com certeza, do
sujeito
Que foi eleito
prefeito
Pra governar a
cidade.
Dum momento para
outro
Foi mesmo de
fazer dó:
Mais de cem pais
de família
Viram tudo virar
pó!
Naquele fatal
instante
Foi raro o comerciante
Que teve a sorte
de Ló*.
..................
*Personagem bíblico - Gên, 19.
Nesse domingo fatídico
ResponderExcluirCanindé sofreu um baque
A fumaça ganhou céu
dos fogos se ouvia o traque
nas bancas em combustão
perderam seu ganha-pão
ali também pelo saque...
É verdade, nessas horas,
ExcluirAparece muito "artista",
Falta gente solidária,
Sobra gente oportunista.
Minha preocupação
Era nessa ocasião
Com a banca de revista.
Esse vaporoso incêndio
Excluirforçou-me a descer meu Alto
Guaramiranga pra ver
Como se dava esse assalto
DO FOGO traiçoeiro
na banca do jornaleiro
também causou sobressalto
A tua preocupação
Excluircom esse fogo daninho
talvez fossem os jornais
ou as revistas de vinho,
a Superinteressante?
Preocupava-te no instante
aquela do coelhinho...
Admiravel PPP, ficou tao perfeito que parece ate que foi escrito antes de acontecer.Grande...
ResponderExcluirObrigado pelo comentário.
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