segunda-feira, 20 de agosto de 2012


A LIBERDADE PELO
MUNDO DE AGORA


Silvio R. Santos

A produção de fofoca nos corredores de Holywood, cujo ritmo nunca definha, vai bem, com o mundo acompanhando sequioso por novos detalhes. No olho do furação uma atriz que parece descida de alguma província celeste, tão sublime é a beleza com que cativa pobres olhos mortais. Kristen Stewart, a bem sucedida protagonista do blockbuster Crepúsculo, até bem pouco tempo, apresentava um currículo exemplar e invejável sucesso financeiro de milionária aos 22 anos. Mas não se trata de apenas mais um rosto perfeito. Suas atuações em filmes como Corações Perdidos e o recente On the Road consagraram sua competência dramática. O drama da bela foi um mal explicado romance com o diretor de um de seus últimos filmes, em que protagoniza nova adaptação comercial de um conto infantil. Até então, vivia a rotina perfeita do romance com Robert Pattinson, ator com o qual faz par na série Crepúsculo, e com quem juntamente ascendeu à fama mundial. Levantou-se inacreditável condenação moral contra essa deusa à qual nenhuma defesa desmerece, pairando ameaças sobre contratos de novas produções etc. Ora, por qual mundo estamos passando? Não resta dúvida que essas crises existenciais de patricinhas holywoodianas bem servem para demonstrar o esteio fundamentalista que sedimenta o mundo ocidental. Que, entretanto, teima em satirizar os atos do que sobrou das “ditaduras socialistas” ou o complicado universo do “mulçumanismo”. O problema diz respeito à velha chaga da hipocrisia. Caso florescesse na sombra, tal historieta proibida de amor em nada comoveria. O problema é a imagem da atriz vinculada aos contratos milionários e os arranhões repassados às produtoras de seus filmes. Devo dizer que só agora tornei-me fã de Kristen, antes desse deslize ou rito de passagem, humano demasiado humano, pareceu-me apenas um fantasma da beleza. Outro aceno à consciência vem da fria Moscou, através da banda Pussy Riots, cujo nome é rico em significados e pobre em arte. Por um protesto gaiato numa catedral ortodoxa em desfavor do atual herdeiro de Gorbachev, foram condenadas a dois anos de prisão. Pena muito severa, conforme as manifestações que ocorreram em todo mundo. Afinal já não é antiga a abertura democrática na terra da Perestroika e da Glasnost?  Pode-se avaliar que a política russa, sendo apenas uma imitação de resultados da ideologia americana só podia dar nisso mesmo.  Palmas para as meninas, flores na gaiola, ficaram conhecidas em todo planeta, apesar e graças às botinas desses grosseirões.

4 comentários:

  1. Poderia também ocorrer ao autor que, na verdade, devido às práticas costumeiras do sistema do Capital, tudo não passaria de mais uma campanha publicitária...

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  2. Como dizia o poeta: " Nao è falta de liberdade, è falta de homens livres" tem um falso moralismo que alimenta um monstro de nome gossip, que um artigo como este do nosso amigo SR,( por sinal muito bacana) nao me faz nem calor nem frio, è o preço que se paga,para ser visto ou meno.

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  3. É verdade, são acontecimentos que envolvem várias questões. Aliás como mencionara Alexis de Toqueville: Nada é mais fértil do que ser livre, mas nada é mais árduo do que o aprendizado da liberdade.

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