sábado, 24 de março de 2012


MAIS DE 70 PESSOAS MORREM NO
MESMO HOSPITAL, NO MESMO DIA

Pedro Paulo Paulino

A morte coletiva, na tarde desta sexta-feira, de cerca de 70 pessoas internadas num mesmo hospital do Rio de Janeiro, chamou a atenção de toda a imprensa e comoveu o mundo. Dentre os mortos, destacam-se celebridades do cinema e da música, como os atores Alberto Roberto (também admirado como “um símbalo sexual”), Bronco Billy e Bruce Kane (astros do faroeste), os cantores Baiano e Zelberto Zel, saxofonista Bonfá, compositor Zé Tamborim,  crítico musical Flávio Miralski, jogador Meinha e o estilista Mariano.
Além do gângster Al Cafone, também estão entre os mortos, o carnavalesco Bóris, palhaço Cascata, o inglês Charles Westminster, um funcionário da Globo, Sérgio Dias Magalhães Marinho (Bozó), os apresentadores de telejornal Roberval Taylor, Lobo Filho, Neide Taubaté, Karlos Cafunga, Pedro Fontes, os repórteres Ciço Romão, Honório Kauser, Túlio Bocannera e os jornalistas Milton Gama e Paulo Brasilis.
O mundo da economia e da política também está de luto, pois na lista dos que morreram constam os nomes do latifundiário Bilingui, políticos Esquerdinha, Caetano Codó, Caius Malufus, Francisco Sufrágio, deputado Justo Veríssimo, ex-prefeito Walfrido Augusto Canavieira, senador Paulo Jeton, ex-ministro Romero Gordi, banqueiro Osvaldo Leão Coelho (Osvaldão) e os milionários Cleofas, Tutu e Jean Pierre.
O último boletim fornecido pelo hospital dava conta também da morte dos militares Capitão Trovão, comandante Alencar e os coronéis Bezerra, Candinho, Lidu, Limoeiro e Lindomar, além dos delegados Matoso, Marmo Carrara, o detetive Zé da Silva e o executivo Sacadura. Morreram ainda o guia espiritual Divino, pastor evangélico Tim Tones, o religioso Padre Miguel, líder estudantil Washinton Castro, professor Raimundo Nonato Canavieira, os médicos Hilário e Napoleão, e Zé Faxineiro, responsável pela limpeza do gabinete presidencial.
Dentre os falecidos encontram-se ainda alguns populares: Albarde, Bento Carneiro, Véio Zuza, Albino, Alfacinha, Azambuja, Bolada, Brazuca, Popó, Pantaleão, Castelinho, Coalhada, Franciscano, Dona Dedé, Nazareno, Primo Rico, Santelmo, Urubulino, Caramuru, Flora Romão, Haroldo, Lingote e um homem identificado apenas como Chico, de Maranguape, Ceará.
Segundo o laudo médico, todos eles morreram de falência múltipla do humor.

(1931-2012)



                                                                                                                                                                                             

4 comentários:

  1. Morreram 10 humoristas
    Que não trabalhavam mais
    Cascata, Canavieira,
    Pantaleão foi atrás
    Bento Carneiro e Popó
    Urubulino e Bozó
    São hoje celestiais.

    Baiano foi encontrar
    Paulinho, seu companheiro,
    Morreu o Pasto Tim Tones
    Que era doido por dinheiro;
    Coalhada, bom jogador,
    Foi visitar o Senhor
    Mas Chico, partiu primeiro.


    Parabéns, PPP. Ótima crônica.

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  2. O Chico Anysio deixou
    Agora o palco da vida
    Levando, porém, consigo
    Uma turma divertida
    São Pedro tira o chapéu
    Pois com certeza, no Céu
    Têm a vaga garantida

    Só o professor Raimundo
    Leva uma turma animada
    Quando chegarem no Céu
    A festa está preparada
    Tem humor em cada canta
    E desta vez, todo santo
    Vai morrer de dar risada

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  3. A imagem de Chico Anísio que prefiro manter na memória é aquela mostrada no programa Fantástico de ontem (26 de março), das suas aparições em um quadro do mesmo programa na década de 70. Um homem magro, elétrico, dinâmico, sorridente, de raciocínio rapidíssimo, com linguagem gestual abundante, o que o tornava engraçado, até com um jeito de malandro, não obstante a sua inteligência brilhante. Além disso, ele contava coisas engraçadas com uma linguagem fina, com um ótimo português.
    Em uma de suas entrevistas (acho que já nesta década), Chico declarava-se arrependido de haver fumado muito, o que o deixou com apenas 40% do funcionamento normal dos pulmões. Numa entrevista a Nonato Albuquerque em um programa de sábado na AM do Povo, um dos irmãos de Chico, com 88 anos, demonstrou ter uma boa saúde e extrema lucidez. Esse irmão, cujo nome não lembro, é espiritualista, e deu explicações sobre o motivo de só dever ocorrer a cremação do corpo do Chico três dias após o desencarne.
    Flávio Henrique

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