TEMPESTADE SOLAR MAIS FORTE
♦ Prótons e radiação trazidos pelo fenômeno começam a chegar ao planeta e podem atrapalhar comunicação
♦ Segundo astrônomos, atividade não vai oferecer riscos; auge das tempestades deve ser no ano que vem
Imagem do Sol feita na noite de domingo pela Nasa mostra erupção na na superfície do astro |
Em sua maior tempestade desde maio de 2005, o Sol está bombardeando a Terra com radiação e partículas carregadas, que devem chegar em grande quantidade ao planeta entre hoje e quarta-feira. Esse fenômeno, embora esperado, pode danificar sistemas de comunicação.
O alerta é da NOAA (Agência Nacional Atmosférica e Oceânica dos EUA). Diferentes satélites da Nasa já captaram a atividade.
Conhecidas como ejeções de massa coronal, essas explosões podem danificar sobretudo os satélites de comunicação que orbitam a Terra.
"Os satélites estão bem lá em cima, não têm a proteção contra a radiação que a nossa atmosfera oferece", afirma Gustavo Rojas, astrofísico da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos).
Kathy Sullivan, vice-administradora da NOAA, afirma que voos em áreas próximas aos polos podem sofrer alterações porque a comunicação fica sujeita a falhas principalmente nesses pontos.
Apesar do risco, as chances de danos substanciais são baixas. As tempestades são classificadas em três níveis: classe C, mais fracas, M, moderadas, e X, as mais fortes. A atual é M9, no limite das mais intensas.
"Foi uma explosão importante, mas não oferece riscos. Na verdade, o Sol vem de um período de atividade baixa", diz Pierre Kaufmann, coordenador do Centro de Radioastronomia e Astrofísica da Universidade Mackenzie.
O Sol tem ciclos de atividade de 11 anos, com períodos mais intensos e outros de calmaria. O pico de atividade do ciclo atual está previsto para o ano que vem.
"As tempestades devem ficar mais fortes até lá, mas observações já indicam que esse é um ciclo particularmente calmo", diz Kaufmann.
Em 1989, uma tempestade solar causou a queda na rede elétrica no Canadá. A consequência mais comum, porém, é a intensificação dos fenômenos luminosos conhecidos como auroras austrais e boreais, que ficam visíveis mais longe dos polos.
(Da Folha de S. Paulo - 24/1/12)
Pedro, segundo aquele premiado cientista pernambucano Silvio Meira, haverá o dia em que a humanidade irá desconstruir a lua para transformá-la num imenso catalisador de luz solar. Vendo matérias como esta da Folha, se percebe a distância que se aguarda...
ResponderExcluirQuem sabe, o sonho de Meira se realize com a expedição da Rússia à Lua, segundo está anunciada ainda para esta década. Os chineses também paqueram nosso satélite natural. Os norte-americanos, que já passearam na Lua há mais de 4 décadas,sabem muito bem quais os resultados dessas andanças pelo chão de S. Jorge. rsrs
ExcluirO Universo tem muitos mistérios que ainda não foram desvendados pela ciência. Acredito que esse ciclo de onze anos na atividade solar é um deles. Como é que uma gigantesca massa de hidrogênio está sujeita a um ciclo de atividade mais ou menos intensa em sua transformação no gás hélio (por meio da conhecida fusão nuclear, mediante a qual dois núcleos de hidrogênio se juntam para formar um núcleo de hélio, com a liberação de muita energia e partículas elementares), ao invés de essa atividade ocorrer de forma contínua, de maneira "cega"? É como se até essa atividade solar fosse inteligente... A propósito, em tudo na Natureza existe uma inteligência, uma lógica que somente depois de muita pesquisa científica é desvendada com uma teoria e a correspondente explicação matemática.
ResponderExcluirSeria esse ciclo de atividade solar o resultado da configuração orbital dos planetas do nosso sistema, que em determinados períodos - que se repetem ao longo de dezenas de anos - exerceriam um efeito gravitacional maior ou menor sobre o Sol? Ou esse ciclo decorreria do caminho que o o Sol, juntamente com os planetas, percorre ao longo do braço da Via Láctea em que nos situamos, girando em torno do centro da galáxia, onde existiria um buraco negro?
Como tudo na Natureza está relacionado intimamente, concordo com o Pedro Paulo quando diz que a atividade cíclica do Sol influencia o clima da Terra. As influências são muitas, inclusive sobre a probabilidade de ocorrência de terremotos.
Flávio Henrique
Flávio, o conhecimento desse fenômeno cíclico solar surgiu com o nascimento da astrofísica, e até hoje, continua um mistério. Mesmo contando com recursos tecnológicos ultramodernos, como fotografias da superfície solar, a exemplo da que ilustra a matéria da Folha, as erupções solares de modo tão ritmado intrigam os cientistas. Como C. Sagan disse, nessa sondagem do homem sobre no oceano cósmico, até agora só "molhamos os tornozelos".
ExcluirInesquecível Sagan, um grande poeta, sobretudo. Augusto dos Anjos desumaniza a poesia com o jargão científico, já Sagan segue o caminho inverso, com textos científicos extremamente líricos, definitivamente comprovando que o agnosticismo não é feito somente por homens amargos.
Excluir