quarta-feira, 7 de setembro de 2011

civismo

DIA DA PÁTRIA EM CANINDÉ*




Dia solar em Canindé, 7 de setembro de 2011, em meio a protestos pela ordem em que deveria desfilar o bloco dos “excluídos” e excluídas , ( Sarney entre tantos males, legou essa deselengância à ultima flor do lácio, com seu “brasileiros e brasileiras” que todo mundo optou por replicar em tudo que é vocativo) e pelas luzinhas da Basílica, a junventude canindeense vive o seu dia de civismo não sem alguma pitada de carnavalesco. Também já estive na idade deles e na mesma parada. Compreendo sua ansiedade e desconforto pelo calor de terma (no dizer de Cruz Filho) em que suam a sua vitalidade. Em meio a tantas homenagens pelo desenvolvimento da cidade, achei  por bem destacar um grupo que me comoveu. Trata-se da bateria do colégio municipal Carlos Jereissati, composta só por garotas. Já se tornou uma atração à parte essa agremiação percutiva nesta data.
Está de parabéns a escola pela organização, em que se percebe que houve dedicação nos ensaios, de forma que se veio a ter um entrosamento ideal na cadência de seus componentes. Participar de um grupo assim, no mínimo, contribui para o espírito de equipe, incentiva a socialização para os mais tímidos. Uma bateria como a da qual estamos falando geralmente é composta por tarois, caixas, bombos e surdos. Os tarois são como os solistas das orquestras mais sofisticadas, as caixas são o elemento intermediário, os bombos fazem um contraritmo e os surdos são a marcação de base. Outros instrumentos vistos nessas paradas são as cornetas que comandam as pausas e continuações do desfile inteiro. Os brasileiros geralmente somos acusados de falta de patriotismo, de não dar o merecido louvor à nossa terra brasílis, defeito em que não incorreriam as nações civilizadas, donde o seu progresso ser bem maior do que o nosso. Hoje, sétimo dia de setembro, esperemos que fique na retina e memória dessa juventude que presenciamos desfilar pelas avenidas canindeenses um pouco de amor por sua terra, mas principalmente que queiram influenciar civicamente na determinação do seu devir. 
Um detalhe que chamou a atenção no desfile do 7 de Setembro em
Canindé, foi o protesto que o radialista Tonico Marreiro fez em
defesa da volta das luzes que iluminavam a basílica de S. Franciso,
retiradas pelo atual vigário da paróquia local.

*Do correspondente urbano.



3 comentários:

  1. O protesto do radialista e poeta TONICO MARREIRO é justo e oportuno. Canindé, que já teve a maior romaria do Norte-Nordeste, perde terreno a cada ano para Juazeiro do Norte (hoje uma metrópole, com aeroporto 24 horas) e também para o Círio de Nazareth, em Belém-PA. O fato de não abrigar uma diocese e a falta de respeito com as tradições religiosas e o patrimônio histórico-cultural fizeram Canindé retroceder e não se consolidar com um centro de turismo religioso. O que existe de fato é uma romaria que subsiste unicamente devido a fé de milhares de peregrinos que chegam do Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraiba, geralmente pessoas de origem muito humilde, que chegam movidos pela fé no "Pobrezinho de Assis". É preciso repensar a romaria de Canindé, incluí-la no calendário turistico da EMBRATUR e lutar para que Canindé tenha melhores atrativos e melhor condições de recepcionar seus visitantes.

    Lúcio Ferreira

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  2. Não seria exagero dizer que: retirar as luzes decorativas da basílica de Canindé é uma atitude tão imbecil quanto seria apagar os afrescos de Michelangelo da Capela Sistina.

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  3. De parabens a escola Carlos Jereissate pela organizaçao na festa da independencia, e ao correspondente urbano, pela paixao que colocou ao escrever este artigo, demonstrando total dominio no assunto. Quanto as luzes da basilica, porque os direto enteressados, nao resolvem essa questao com referedum?

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