sábado, 18 de junho de 2011

NO DIA DO QUÍMICO...


...LEMBRANDO QUEM FOI NOBEL

Alfred Nobel
Um dos químicos mais importantes do mundo, sem dúvida, é o sueco Alfred Nobel, nascido em Estocolmo em 1833. Em 1886 conseguiu tornar a nitroglicerina manejável ao inventar a dinamite. Através de testamento, estabeleceu cinco prêmios anuais em benefício de autores de obras literárias, científicas e filantrópicas do mundo, aos quais se acrescentou em 1969 um prêmio de Ciências Econômicas. Nobel morreu em 1896 em San Remo. 
O prêmio instituído por Alfred Nobel em seu testamento, originalmente era constituído de cinco divisões (Física, Química, Fisiologia e Medicina, Literatura, Paz); em 1968,o Banco da Suécia criou um prêmio de Ciência Econômicas em homenagem ao cientista. Os prêmios Nobel são entregues, para Física, Química e Ciências Econômicas, pela Academia Sueca de Ciências; para Medicina e Fisiologia, pelo Instituto Karolin de Estocolmo; para Literatura, pela Academia de Estocolmo; para a Paz, por uma comissão de cinco membros eleitos pelo Parlamento norueguês. 
A primeira premiação ocorreu em 1901. Até hoje, nenhum brasileiro foi laureado com o Prêmio Nobel. Sobre o assunto, leiam esse texto, assinado por Enã Rezende e etraído do blog Recanto das Letras:

“O único ganhador do prêmio Nobel nascido no Brasil foi o zoólogo Peter Medawar que ganhou o de Medicina em 1960. Porém, ele trocou o Brasil pela nacionalidade inglesa, país onde se naturalizou.
Muitos brasileiros têm sido indicados, entre eles Carlos Chagas (1878-1934) que chegou a ser indicado quatro vezes para o Nobel de Medicina. Ele foi o único cientista a identificar todo o ciclo da doença conhecida como "Mal de Chagas" e não foi premiado, o cúmulo do absurdo.
Outro forte indicado ao Nobel de Medicina foi o brasileiro Miguel Nicolelis, diretor do Laboratório de Neuroengenharia da Universidade Duke, que ganhou notoriedade com os resultados dos seus implantes no cérebro de mamíferos, em especial macacos, que, através de sinais neuronais, movem braços robóticos ou fazem andar um robô.
Na medicina podemos citar também o carioca Maurício Rocha e Silva, o descobridor da bradicinina, substância importante para o controle da pressão arterial.e Sergio Henrique Ferreira, que a partir da bradicinina, ajudou na criação de drogas junto com o britânico John Vane. Só o inglês foi premiado.
Outra questão a ser discutida: Alberto Santos Dumont foi o primeiro homem a levantar voo com um objeto mais pesado que o ar e e mostrou que era possível. Ele, praticamente, foi o criador do avião, mas muitos atribuem essa invenção aos irmãos Wright, por terem levantado voo em 1903, antes de Santos Dumont. O que muitos não lembram é que eles realizaram tal ato com a ajuda de uma catapulta, e Santos Dumont levantou o avião por meios próprios, sinceramente, Santos Dumont merecia ganhar o Nobel de Física.
Outro injustiçado que merecia o Nobel de Física foi o brasileiro César Lattes que comprovou experimentalmente a existência da partícula subatômica méson pi, mas quem levou o prêmio foi o britânico Cecil Powell, que ajudou na redação do estudo.       Na física podemos citar também Mario Schenberg que formulou com George Gamow, o processo Urca, que explica a perda de energia nas supernovas comparando-a ao sumiço da grana nos cassinos da Urca (RJ).
O único brasileiro a ser indicado para o Premio Nobel de Química foi Otto Gottlieb, nascido na Republica Tcheca e naturalizado brasileiro, ele inventou um índice para medir a biodiversidade de ecossistemas como a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica.
Na Literatura existem muitos nomes nossos indicados e conhecido por muitos de nós brasileiros, como Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado e Jorge de Lima.
No Nobel da Paz já tivemos muitos indicados como Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Hélder Câmara, Zilda Arns, o sociólogo Betinho e irmã Dulce.
Vou falar de outro injustiçado que não é brasileiro mas acredito que tenha sido o mais injustiçado de todos, o indiano Mahatma Gandhi, formulador da filosofia da Não Violência e conseguiu tornar seu país independente da Inglaterra, umas das maiores potencias da época, sem apelar para a violência, um feito inédito, praticamente a mesma coisa que nadar contra uma correnteza fortíssima com as mãos amarradas nas costas; outros com a mesma filosofia de Gandhi, como Martin Luther King Jr. e Dalai Lama ganharam o Prêmio Nobel da Paz. Sinceramente, Gandhi merecia o Nobel muito mais do que o presidente dos EUA Barack Obama. Na linguagem popular eu diria que o fato de Obama ter sido laureado com o Nobel da Paz foi uma tremenda puxação de saco da comissão de cinco membros nomeados pelo parlamento norueguês. Até Zilda Arns, a fundadora da Pastoral de Criança e falecida recentemente no terremoto que ocorreu no Haiti, merecia muito mais esse prêmio do que Obama.
Por isso eu defendo que os brasileiros se reúnam e criem um Comitê para nomear e premiar nomes nossos. Já que o mundo nos discrimina, vamos pelo menos nos valorizar.”

2 comentários:

  1. Muito oportuna a crônica sobre Alfred Nobel e o prêmio por ele criado. Concordo com Pedro Paulo ao apontar Gandhi como o mais injustiçado por não ter sido laureado. Mas a grandeza espiritual de Gandhi era tamanha que não se importaria com essas injustiças características da condição humana. Talvez tenha até sido vítima de preconceito racial. O feito de conquistar sem armas a independência política da Ìndia foi fenomenal, embora logo depois, por questões religiosas, houve a separação do Paquistão, que fazia parte da Índia e é de maioria muçulmana, enquanto na Índia predomina o Hinduísmo, derivado do Bramanismo e de existência milenar.
    Outro injustiçado foi Chico Xavier, outro ser que não se importou com isso, ele que vivia nos páramos da espiritualidade, muito além dos pequenos sentimentos terrenos.
    Parabéns, Pedro Paulo, pela instrutiva crônica.

    Flávio Henrique

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  2. Quanto a Gandhi vou na direção do Flávio, ainda hoje tentam empanar seu brilho político com referências pouco liberais à vida sexual do indiano... Nessa mania asquerosa que a burguesia tem de confundir hábitos privados com a moral que ela sempre subverte.

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