MORTE E TESTAMENTO DE OSAMA BIN LADEN
Pedro Paulo Paulino
Neste dia dois de maio,
Logo quando amanheceu,
A notícia estava solta,
O planeta estremeceu,
No rádio e televisão
Corria essa informação:
Que Bin Landen já morreu.
A notícia dava conta
Que o famoso terrorista,
De quem os americanos
Há muito andavam na pista,
Foi executado então
No distante Paquistão,
O refúgio do extremista.
Seu retrato, na internet,
Para o mundo foi mostrado.
Bin Laden mais velho e morto,
O seu rosto ensanguentado.
Segundo corre a notícia,
Ele foi pela milícia
Com um tiro fuzilado.
A milícia americana,
Que depois de o executar,
Não encontrou neste mundo
Quem o quisesse enterrar.
Por falta de cemitério,
Adotaram o critério
De jogá-lo em alto-mar.
O fato causou impacto.
A notícia, num segundo,
Provocou tremendo abalo
E um alvoroço profundo,
Como se os americanos
Acabassem, com seus planos,
Todo o mal que tem no mundo.
Até João Paulo II
Que foi beatificado
- Esse fato, nos jornais,
Ficou meio deslocado…
Do casamento real,
Não mais se fala, afinal,
O Osama é mais cotado.
Lá nos Estados Unidos
O povo comemorou,
Como sendo o maior feito
Que seu país conquistou.
Porém, nesse panorama,
Terá sido mesmo Osama
Que morto no chão tombou?
Essa pergunta intrigante
É feita por muita gente:
Por que pegar o defunto
E dar fim tão de repente?
Depois que correu a nova,
Por que não pegar a prova
E mostrar mundialmente?
O retrato de Bin Laden,
Que na mídia foi mostrado,
Pelo jeito, não convence,
Pois a cara do finado
Parece doutra pessoa
Ou mesmo um defunto à toa
Há muito tempo enterrado.
Eu mesmo fico na minha.
Já vi até um maluco
Dizer que Osama Bin Laden
(Ele diz, eu não retruco)
Não morreu nem foi embora,
Lá em Petrolândia mora,
Cidade de Pernambuco.
Eu não quero entrar no mérito
Dessa questão, no momento.
Mas, de tanto ouvir falar
Em tal acontecimento,
Sonhei enquanto dormia
Que Bin Laden então morria
E deixava um testamento.
Era um sonho muito claro
E eu vi com perfeição
O testamento que Osama
Escreveu de própria mão
Num caderno bem guardado,
E noutro caderno, ao lado,
Se encontrava a tradução:
“O que tenho pra dexar
Para toda a humanidade
É ódio, ira e rancor,
Destruição e maldade,
Muita guerra e assassínio,
Desunião, morticínio,
Tragédia e barbaridade.
Deixo o mundo fabricando
Bomba de destruição,
Mais gente igualmente a mim
Que sabe usar avião,
Sofisticado transporte,
Somente pra causar morte
Mantando de multidão!
Deixo os Estados Unidos
Agirem bem à vontade,
Assaltando o mundo inteiro
Sem ter dó nem piedade;
Deixo esse país injusto
Se apossando a todo o custo
Do resto da humanidade…
Deixo o Oriente Médio
Caindo sempre no abismo,
Mergulhado brutalmente
No seu Fundamentalismo.
A Europa, eu deixo inteira
Consumida na fogueira
Do seu vil Capitalismo.
Pra meu colega Kadafi
Eu vou deixar reunidos
Os meus planos traiçoeiros
E bastante esclarecidos,
Pra num momento feliz
Saber fazer como eu fiz
Contra os Estados Unidos.
Eu deixo o Barack Obama
Fazendo como acontece,
Ou seja, o que Bush fez,
Que o mundo inteiro padece,
Principalmente o Iraque,
Pois de Bush pra Barack
A vingança permanece.
Meu precioso arsenal,
Muitas armas poderosas
Pra, numa guerra global,
Os povos beligerantes
Extinguirem, em instantes,
A humanidade em geral.
Eu deixo a poluição
Em todo o meio ambiente
Tomando conta da terra
Causando incêndio e enchente;
O mundo sem paciência
Aumentando a violência
E gente matando gente.
Brigando pelo petróleo
Vou deixar o mundo inteiro,
Banhado sempre de sangue
E menos hospitaleiro.
E deixo em cima da terra,
Da fatal terceira guerra
Bem começado o roteiro.
Ao Brasil, onde eu passei,
Eu deixo o povo mais rude
Sem amparo e educação,
Sem trabalho e sem saúde;
Pior do que no Iraque,
Deixo o tráfico do crack
Destruindo a juventude.
Do mundo que me despeço
Só levo um prazer profundo.
Estão todos enganados:
Eu fui mesmo vagabundo,
Terrorista e muito ruim,
Mas não é me dando fim,
Que dão fim ao Mal no mundo.”
Atenção, colegas cordelistas: tem muito inescrupuloso por aí pirateando nossos folhetos. Vamos respeitar os direitos autorais, gente!
kkkkkkkkkk e pra mostrar minha gratidao quero lhe dizer entao, que comprei um bom charuto por tamanha atençao, um cordel sobre Bin laden era justo o que faltava na minha ''pobre'' coleçao. Parabens primo, nao basta ser so inteligente para escrever um cordel tao rico de historia e porque nao, humor. mas precisa muita sensibilidade que so os verdadeiros VATE como vc tem. sem desmerecer ninguem ARI è magnifico tambem.
ResponderExcluirNão quero gastar papel
ResponderExcluirPara louvar quem não presta
Nem OSAMA, nem OBAMA,
A grande verdade é esta
Quem fere seu semelhante
Pagará mais adiante
Eis a sentença que resta.
Porque, quem com ferro fere
Com ferro será ferido
Foi o que disse Jesus
No dia que foi traído
Ocidente e Oriente
Travam guerra inconsequente
De sangue o globo é tingido.
Muitas vítimas inocentes
Tombam mortas todo dia
E os governantes insanos
Praticando a tirania
Ceifam vidas sem razão
Usando a religião
Como escudo sem valia.
Osama Bin Laden foi
Um monstro, isso é verdade
Praticou um atentado
Com grande perversidade
Quem tramou a sua morte
Usou a lei do mais forte
Agiu com impiedade.
E assim o mundo vai
Mergulhando num abismo
Feras humanas praticam
Mais atos de terrorismo
Pois desconhecem o perdão
Não respeitam o Alcorão
E nem o Cristianismo.
Valentim Cordeiro Brabo
Parabéns pelo cordel.
ResponderExcluirAcho que deveria visitar a editora Luzeiro.
Abraços
A PIRATARIA existe na Literatura de Cordel desde os tempos de LEANDRO GOMES DE BARROS. Não custa nada o editor dar pelo menos 20% da tiragem ao poeta. Isso é o que chamamos popularmente de "CONGA", no jargão dos poetas de bancadas. Caso algum editor resolva publicar o folheto de PEDRO PAULO PAULINO, lembre-se de mandar a porcentagem do poeta para VILA CAMPOS.
ResponderExcluirOLA PEDRO PAULO PAULINO MUINTO BOM SEU CORDEL
ResponderExcluirPARABEM . PRECISO QUE VOCE VIZITE MEU BLOG. O CANTO DE UMA NOVA VIDA joao paulo gomes
pesquisa no GOOGLE
estou fazendo um projeto de pesquisa, sobre a conteporaneidade, da literatura de cordel, queria saber, se seria possível utilizar seu trabalho como uma das fontes?
ResponderExcluira literatura de cordel está muito defasada, e o trabalho que estou iniciando é uma tentativa de mostrar que ela não é coisa do passado, e que é tão presente e influente quanto qualquer representação literária de cunho divulgativo...
seria de um valor incalculavel, utilizar seu trabalho como fonte, mas é claro com sua permissão.
Caro Wilton,
ResponderExcluirAcho, acima de tudo, importante vc utilizar meu cordel como referência no seu precioso trabalho. Gostaria, apenas, que vc entrasse em contato comigo por e-mail. O meu é: pedropaulopaulino2@gmail.com.
Abçs.
Excelente cordel, poeta. Não tem como deixar de publicar uma obra de arte dessas. Parabéns.
ResponderExcluirPoeta Manoel Belizário.
Pedro Paulo Paulino, parabéns por mais esse seu maravilhoso trabalho.
ResponderExcluirMe lembro de você subindo a rua Aristides Rabelo, na companhia do grande Sílvio.
Hoje moro em Campinas/SP, mas minhas raizes estão ligadas a essa terra.
Ah!!!! Por quantas vezes fui a Vila Campos, tocar na festa de São Roque (Tempos áureos da Banda do maestro J.Ratinho)
ResponderExcluirTive meus primeiros acordes de violão orientados pelo grande J. Batista. Hoje tenho me arriscado a escrever algumas poesias.
Esqueci de colocar meu contato no comentário acima... Qdo comentei que lembro de vê-lo subindo a Aristides Rabelo.
ivanildo.magalhaes@hotmail.com
ASSUSTADA RÉPLICA
ResponderExcluirNEUSA STORTI GUERRA JACINTHO
Só não duvido, Pedro Paulo Paulino,
Que Osama esteja morto,
E pra quê matar o homem,
Se nem armado estava
E nem se defender pôde?
Melhor teria sido
A julgamento tê-lo levado,
Repartir com a humanidade
Responsabilidade e caráter da punição.
Que lição, se está morto,
O maldito vai aprender?
Os seguidores agora têm um herói
A ser vingado, e o mundo, uns algozes,
Muito infelizes, mais insones, a curar.
Os Unidos Estados e o mundo
Amedrontados da revanche,
Correrão pra onde,
Se mais bombas e aviões avoados
Ameaçarem umas insensatas e outras inocentes cabeças?
É um não parar mais de medos e suposições.
Bem não fizeram de liquidar o dito,
Isso eu sei e repito,
Quando eu não queria
Que você, Paulino,
E eu tivéssemos razão.
Esta Réplica também foi publicada no Recanto das Letras:http://www.recantodasletras.com.br/duetos/2949808