quinta-feira, 14 de maio de 2020

CENAS DA TERCEIRA GUERRA, ACENOS DO FIM DO MUNDO


















Autor: Pedro Paulo Paulino

Até o ano dois mil,
Ouviu-se muito falar
Que o mundo, mais uma vez,
Por certo iria acabar
Por qualquer fatalidade,
E que o fim da humanidade
Perto estava de chegar.

Chegou-se a marcar o dia,
Hora, mês e tudo enfim,
Pois para o final do mundo
Foi aceso o estopim.
O mundo em sua jornada
Viu do milênio a virada,
Contudo, não teve fim.

A Terra continuou
O seu giro normalmente,
E na sua superfície
Os humanos, simplesmente,
Para frente foram indo,
Sempre se reproduzindo
E aumentando enormemente!

Dizia-se que o fim do mundo
Desta vez ia se dar
Pelo fogo, em vez da água,
Ou por guerra nuclear;
Em vírus, nem se falava…
O certo é que o mundo estava
Muito perto de acabar.

Não se sabe se o mundo
Renovou o seu convênio.
Mas vinte anos depois
Da passagem do milênio
(Quem diria jamais quando!)
O mundo está se acabando
Por faltar oxigênio.

Não que o gás tão nobre à vida,
Deixasse a Terra faltar.
Mas por causa de uma peste
De ação letal pulmonar,
No cenário mais horrendo,
Milhões hoje estão morrendo
Por não poder respirar.

Quando a humanidade vive
Seu momento mais fecundo,
Se torna refém de um vírus
E seu poder furibundo,
Por que não dizer, sensato,
Que a pandemia é, de fato,
Para nós o fim do mundo?!

Milhões de enfermos nos leitos,
Em casa ou no hospital;
Cenas bárbaras, quais cenas
De uma guerra mundial,
Têm a mesma cor e o tom
Da guerra do Armagedom
E da Batalha Final.

Cenas que foram descritas
No Apocalipse de João,
O qual também é chamado
Livro da Revelação;
O choro, o ranger de dente,
Um cenário hoje presente
Perante a nossa visão.

A pandemia ceifando
Sem dó milhares de vidas.
Famílias desesperadas,
Emergências entupidas.
Grandes cidades desertas,
Todas parecendo certas
Babilônias decaídas.

Até parece que a Terra
Parou e não mais se move.
O trabalho dos heróis
Da saúde nos comove,
Correndo o risco, coitados,
De serem contaminados
Por Covid-19.

Dezenas de corpos juntos
Numa só vala enterrados,
Entes queridos que foram
Pela peste dizimados,
São o cenário brutal
De uma guerra mundial,
Com milhões prejudicados.

Não se trata de uma guerra
De Portugal contra Espanha,
Nem França contra Inglaterra,
Nem Brasil contra Alemanha,
Mas contra um bicho invisível
Que com seu poder terrível
Na batalha sempre ganha.

Será o coronavírus
O tal Terceiro Anticristo,
O Grande Rei do Terror,
Por Nostradamus previsto?
Com tanta modernidade,
Será que a humanidade
Esperava tudo isto?

O Grande Rei do Terror,
Se Nostradamus não erra,
Teria origem na China
E tanta maldade encerra,
Que seria com estrondo
O monstro mais hediondo
Que veio à face da terra.

Que tenha ou não procedência
A chamada profecia,
Hoje infelizmente a terra
Vive o pânico e agonia,
Todo mundo em seus retiros,
Tudo por causa de um vírus
Causador da pandemia.

Será que de outro planeta
O vírus é oriundo?
Não se sabe. O que se sabe
É que a cada segundo
Estamos vendo na terra
Cenas da Terceira Guerra
E acenos do fim de mundo!

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