domingo, 24 de julho de 2011

almanaque de domingo


UM FATO
Radialista Tonico Marreiro e
deputado João Ananias
Lideranças políticas canindeenses reuniram-se na noite do último dia 15 de julho no salão da Quadra Paroquial, onde aconteceu a filiação de novos nomes ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB). O empresário Carlos Alberto Martins e o radialista Tonico Marreiro, dentre outros, integram agora esta sigla partidária. O evento reuniu um público estimado em cerca de 300 pessoas. Contou ainda com a presença do deputado federal João Ananias, uma das maiores representação do PCdoB no Ceará. A descontração da solenidade ficou por conta das vozes de Chico Walter e Nara. 

UMA ANEDOTA
Conta-se que, por assédio sexual, certo marchante da região foi denunciado na polícia por uma senhora. Em sua defesa, no dia da audiência, levou um velho fazendeiro seu amigo. Este teria que confirmar na audiência que o amigo era sonâmbulo e não tinha consciência do que fazia nesse estado. O delegado então pergunta:
- O senhor tem provas de que f… levanta-se dormindo e não sabe o que faz?
- Tenho, sim senhor, respondeu firme a testemunha. Mas, desgraçadamente, acrescentou:
- Só não sei dizer ao senhor porque ele, quando se levanta dormindo, procura logo se agarrar com mulher…

UM SONETO

VISÃO

(Mário Lira)*

Hoje não és, de um poeta adormecido,
A musa calma e santa de um desejo:
Vejo-te o corpo em flor semi-despido
E é no mundo atual que te festejo...

Não sei teu nome (já isso não importa)
E por certo não te verei de novo...
Não, não mais cantarei em tua porta,
Pois já passaste, e numeroso é o povo!

Apenas me ficaram na retina
O louro balançar dos teus cabelos
E tuas curvas sob as vestes finas...

E na minha alma solitária resta
O leve desabar de meus castelos
Como criança que não teve festa...

*Canindeense, servidor público.

UM REPENTE
João Viana, conhecido por João Benedito, nasceu em Esperança, Paraíba. Na cidade de Campina Grande, enfrentava o imortal Josué da Cruz, num tema referente aos aspectos da vida humana. Sua visão rápida observou uma série de coisas extraordinárias:

“Há, entre o homem e o tempo,
Contradições bem fatais:
O tempo faz e não diz,
O homem diz e não faz;
O homem traz e não leva,
O tempo leva e não traz.”

(“Antologia Ilustrada dos Cantadores”)

UMA CURIOSIDADE
O verdadeiro inventor da máquina de escrever era brasileiro, nascido na Paraíba do Norte, em 1827, e padre. Era professor de matemática da Marinha. Construiu a sua máquina de madeira, pedacinhos de arame e tipos de impressão. Foi a primeira que o mundo conheceu. Figurou na Exposição Agrícola e Industrial de Pernambuco, em 1861, bem como na Exposição Nacional do Rio de Janeiro, em fins do mesmo ano, sendo premiada com a medalha de outro. Conta-se que um norte-americano, vindo a conhecer o invento, conseguiu obtê-la do Padre Azevedo. Nos EUA aperfeiçoaram-na e, em breve, começaram a construí-la em grande escala. O modesto brasileiro, no entanto, nenhum lucro material obteve da invenção. O padre João Francisco de Azevedo morreu em 1888.
Em tempo: não é este o primeiro invento surrupiado a brasileiros por norte-americanos.

UM PENSAMENTO
“A coisa que mais separa um homem e uma mulher é viverem juntos.” (Millôr Fernandes)

UM CAUSO
Doutor Bonfim foi durante vários anos diretor do Ginásio Paulo Sarasate, em Canindé, além de promotor público. Homem extremamente culto, educado e bonachão, porém totalmente desligado (distraído) do dia a dia.
Em um dia qualquer, nos bons tempos dos anos 60, conversavam no pátio interno do Ginásio, os professores Benito Barbosa e José Vidal. Conversavam distraídos, quando aproximou-se o diretor do colégio, tocou no ombro do Benito e o cumprimentou com um sorriso maroto:
- Bom dia, Dom Quixote!
- Bom dia, Rocinante! foi a resposta imediata.
O diretor seguiu em frente sem fazer nenhum comentário. No dia seguinte, dr. Bonfim volta a se encontrar com o Benito:
- Ei, rapazinho, não gostei da maneira deselegante como você me tratou.
- Eu, doutor, o que houve?
- Ontem, eu o chamei de Dom Quixote e você me chamou de Rocinante. Somente à noite foi que lembrei que Rocinante era o cavalo de Dom Quixote… (Celso Góis Almeida, jornal “O Queijo”)

UMA HOMENAGEM

Ao município de Canindé, que no próximo dia 29 de julho completa 165 anos de emancipação política.

UMA IMAGEM


UM ÓTIMO DOMINGO...


3 comentários:

  1. Como dizia um ex-poeta: a arte só maltrata os impostores, vemos um exemplo de poesia popular sobrepujando um, dito clássico, em maestria, em habilidade, em verdade, enfim....

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  2. Mauricio Moreira Cardoso25 de julho de 2011 às 03:46

    Belo, o poema de Mário Lira. Este poeta, finalmente, parece ter atingido a calma e a sabedoria que faz com que sua poesia encontre repouso em si mesma; um poema existente por si mesmo, sem a incômoda presença de seu poeta.

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  3. "E na minha alma solitária resta
    O leve desabar de meus castelos
    Como criança que não teve festa..."
    Nestes versos, Mário Lira transmite um romantismo raro, a sensibilidade da alma de uma criança que nele existe ainda, felizmente, muito mais do que nos seres humanos comuns, preocupados acima de tudo com a sobrevivência material do que com o belo e a verdade.
    Mário, dê-nos mais oportunidades de conhecer a sua poesia, sabemos que você tem muitos poemas, que caberiam em um volumoso livro.

    Flávio Henrique

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