quarta-feira, 1 de junho de 2011

MEMÓRIA


AIR FRANCE – TRAGÉDIA COMPLETA DOIS ANOS

Há dois anos o mundo inteiro comovia-se com o desastre aéreo que matou 228 pessoas de 33 nacionalidades, inclusive 58 brasileiros. No mês que passou, foram encontradas no fundo do Oceano Atlântico as caixas-pretas do voo Air France 447. Até agora, mais de uma centena de corpos já foi resgatada pelo BEA, o órgão francês responsável pelas investigações. Segundo as informações, a análise das caixas-pretas aponta para falha técnica. No entanto, os próprios familiares das vítimas suspeitam de falha humana. Foi divulgado até que o comandante da aeronave, o piloto Marc Dubois, estava descansando quando o avião começou a entrar em pane.
Um dos detalhes revelados por uma das duas caixas-pretas dá conta de que a queda do avião da Air France durou três minutos e meio. Quando esses dados (por sinal muito escassos) começaram a ser divulgados, especialistas disseram na imprensa que “a queda do avião não foi sentida”, porque os passageiros podem ter sofrido um fenômeno chamado “desorientação espacial”. Sem querer ser pessimista, duvido muito que o pânico não tenha tomado de conta de todos os ocupantes da aeronave. Imaginemos um monstro de quase duzentas toneladas, a onze mil metros de altitude e 900 quilômetro/hora despencando a uma velocidade de 200 quilômetros/hora até se despedaçar dentro dágua. Três minutos e meio devem ter sido uma eternidade.
A tragédia com o Voo Air France 447, rota Rio-Paris, foi sem dúvida uma das maiores da aviação civil. Um mundo de sonhos, planos, expectativas e emoções antevistas foi de um momento para o outro naufragado. Viajavam no voo trágico, artistas e profissionais de diversas áreas. Entre eles, o maestro Silvio Barbato, regente do Theatro Municipal do Rio e da Sinfônica de Brasília. Octavio Augusto Ceva Antunes, cientista de primeira linha no Brasil, um dos pesquisadores mais produtivos do Insituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele foi consultor da Organização Mundial da Saúde (OMS), na produção de remédios de combate ao HIV.
Ainda lembro que, na semana do acidente, ouvi no rádio um espírita dizer que “todos os passageiros do Voo 447 foram reunidos no plano espiritual para desencarnar juntos naquele dia”. No momento, perguntei-me por que os “agentes do plano espiritual” não reuniram 228 congressistas em Brasília para “desencarnarem” naquele dia…
EM 1973
O primeiro desastre aéreo da rota Rio-Paris aconteceu na tarde de 11 de julho de 1973. “Quando faltava apenas um minuto para atingir a pista do aeroporto de Orly, o Boeing 707 do voo RG 820 da Varig fez um pouso forçado sobre uma plantação de repolhos, no vilarejo de Saulx-les-Chartreux, ao sul da capital francesa. Das 134 pessoas que haviam embarcado no Aeroporto Internacional do Galeão, 11 sobreviveram – dez tripulantes e um passageiro. Entre os 123 mortos, encontravam-se personalidads ilustres, como o então presidente do Senado, Filinto Muller, o cantor Agostinho dos Santos, a atriz Regina Lécrery e o iatista Joerg Bruder.” O acidente aconteceu a apenas cinco quilômetros do aeroporto de Orly. 

2 comentários:

  1. Ora nao foi sentida... o panico è coisa certa quando se esta atraverssando a rota que vez esse voo. e posso garantir que o desorientamento è uma palavrinha diante o fenomeno,que definirei tortura segundos que parecem eternidade. Luz para os que passaram dessa ''para a melhor''.

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  2. A empresa francesa esperou tempo suficiente para se isentar de pagar indenização aos familiares dos sinistrados... até nessa hora, coitado de quem acredita em capetalismo.

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